domingo, 3 de janeiro de 2010

Os Cantares dos Reis e a Crise

Este blog é utilizado pelo seu autor, como meio de partilha de informação sobre a realidade da freguesia, fazendo-o sempre de forma isenta e não polémica.
Isento no presente texto, procurarei sê-lo novamente, embora a minha paixão pelo associativismo talvez dificulte a missão. Polémico serei de certeza, porque provocará celeuma e a mensagem tem vários destinatários.
A quadra natalícia e nomeadamente o período de Reis, é fundamental para alimentar os magros orçamentos das associações sem fins lucrativos, fomentadas pelos seus imprescindíveis voluntários.
Os Cantares dos Reis são a actividade típica da quadra. Os diversos grupos batem à porta dos seus amigos e conterrâneos levando a notícia da chegada dos Reis Magos ao Deus Menino. Por seu turno, o patrão (ou patroa) da casa retribui a gentileza e a visita, entregando um pequeno donativo pecuniário ao grupo.
Mas adiante. O modelo de liderança e gestão de uma associação, seja ela pequena ou grande, tem de inevitavelmente apresentar, anualmente, aos associados para aprovação, o relatório e contas do ano que finda e o plano de actividades e orçamento para o ano que se inicia.
A importância de tais documentos é permitir uma correcta avaliação do desempenho dos órgãos executivos. No que tange ao plano de actividades, permite conhecer os objectivos da associação para o próximo período e no que diz respeito ao orçamento, este tem como missão orçar as receitas e as despesas para que os objectivos do plano sejam atingidos. Isto é, permitir um conhecimento prévio das actividades e acabar com a gestão denominada “em cima do joelho”.
O orçamento tem uma importante função que é fixar a despesa, ou seja, impedir que se efectue gastos para além da previsão e evitar gastar aquilo que não se tem. Resumindo: “Quem não tem dinheiro, não tem vício” e procurar não andar com o “carro à frente dos bois”, ou seja, primeiro obtém-se ou garante-se a receita e depois compra-se. Não concordo, de forma alguma e é a minha opinião: que se adquirem as coisas e depois revela-se ao povo que é preciso pagar. A lógica é totalmente outra: primeiro dizer ao povo que a coisa é precisa e pedir-lhe a colaboração, depois e agora sim, adquirir a coisa.
Uma outra virtude da elaboração de tais documentos é a seguinte: se existirem diversas colectividades numa comunidade, é de enorme interesse conhecerem mutuamente os seus planos, assim evita a sobreposição e duplicação de actividades. No caso em concreto, não é praticável o Cantar de Reis por três grupos de diferentes associações, numa freguesia com aproximadamente 200 fogos!.
Aproveito o momento para, ainda, me referir às pessoas dessas 200 casas. A crise mundial financeira que provocou o aumento do desemprego e consequentemente dificuldades às famílias, não existe apenas fora da freguesia, existe em Ribeiros. Embora, as famílias da nossa freguesia têm sabido responder às solicitações das suas associações e entidades, é chegado o momento de parar e deixar na gaveta, por mais algum tempo, os projectos, embora necessários, que não são prementes. Deixem respirar um pouco o povo e as associações que até ao momento foram secundarizadas.
Mais algumas opiniões tenho a partilhar, mas haverá certamente, no futuro, variadas oportunidades para o fazer e será seguramente efectuado por este meio, porque este é o meu palanque.
De momento por aqui fico e desejo, que o acima exposto, seja bem interpretado… mas bem… Um bom ano.

4 comentários:

  1. Relativamente aos assuntos que estão ai referenciados no texto, digo que primeiro de tudo, não há nenhuma lei que proíba andar mais do que 3 ou 100 grupos a cantar os reis e também cada um só dá o que quer ninguém é obrigado. Neste caso existem 3 grupos na freguesia mas só 2 é que andam porta a porta. o terceiro é restrito a pessoas que peçam, a esse grupo, para ir cantar não aparece porque quer, mas sim porque deram o nome ou pediram que fossem cantar a suas casas. Relativamente á falta de dinheiro para pagar bens adquiridos, lá está cada um só da o que quiser, mas passando isso á frente, digo que está pago o que se adquiriu e esse dinheiro será para suportar custos que possam surgir futuramente para outras coisas não tão menos importante daquelas que já se tem. Por ultimo, e fica aqui um apelo á população ribeirence, peço não dêem grande relevância a este blog porque o administrador do mesmo poderia ter escrito o nome mas não o fez, portanto, como costumo dizer, quem me fala por de traz é porque me respeita o CU, ou seja, se fosse um pessoa de bem não andava a escrever barbaridades sem nexo e fundamento de espécie alguma. Como o administrador não assina também de momento faço o mesmo. A partir do momento que veja nome escrito no blog, também o farei sem quaisquer problemas. Se quem escreveu, o texto em cima, quer ficar na ignorância do seu saber é lá com ele(a) mas que não critique quem faz alguma coisa, de bom pela freguesia da comunidade ribeirence

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  2. se tens orgulho naquilo que fazes, tem tambem, então, a onestidade de problicar as reacções que te são enviadas para que todos possam saber as criticas que te são feitas. SABEREI QUE ÉS!!!

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  3. Caros Ribeirenses,

    Aproveito para lhes dizer k não é a lavar roupa suja, na praça publica que conseguem chegar a qualquer acordo. Na minha opinião, enquanto RIBEIRENSE, digo que esses 3 grupo deveriam conversar, para não voltar a andarem uns atrás dos outros pelas portas. As obras da Igreja estão pagas, pelo k se consta, porque não deixarem os outros grupos "viverem".
    Só mais uma nota de rodapé, é preciso união entre os "povos", e não é com uma linguagem menos PRÓPRIA "...fala por de traz é porque me respeita o CU" k apaziguamos a "crise".
    Pede-se dialogo e mais respeito.

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  4. Concordo com o que está a ser dito, conversar é sempre a melhor maneira de resolver as coisas. Poderia.se ter feito isso de principio em antes de se ter escrito o texto"O CANTAR DOS REIS E A CRISE" e de todo o resto (ter-se iniciado os reis pela porta) e ai sim, se dessa conversa não resoltasse frutos positivos, justificaria.se de alguma forma, haver comentários, mas em antes disso não havia razões que justificassem esse texto.
    CONCORDO PLENAMENTE COM O BEM VIVER ENTRE TODOS! NUMA FREGUSEIA PEQUENA NÃO SE QUER NEM SE DESEJA DE ALGUMA FORMA, O MAU CONVIVISMO ENTRE GRUPOS E POVOS.

    Termino assim, dizendo que quaisquer grupos sejam eles de que natureza forem, têm, uns mais ou menos do que outros as suas despesas, para conseguirem suportar tais, é necessário que existam receitas para esse suporte de custos.

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